PONTO DE ENCONTRO NESPEREIRENSE

domingo, 14 de dezembro de 2008

O DRAGÃO DEMOROU A SAIR DA SARDANISCA...



F.C. Porto garantiu o resultado esperado, na 5ª eliminatória da Taça de Portugal, mas a história deve reservar um capítulo para uma brava legião de Cinfães, enaltecendo a abnegação da equipa da III Divisão frente ao tricampeão nacional. Os dragões regressam a casa com uma vantagem de três golos, mas arriscaram demasiado. Sem castigo, de qualquer forma.
Jesualdo Ferreira poupou oito titulares e promoveu um exame global às soluções existentes no plantel do F.C. Porto. A Taça de Portugal surge como cenário de rodagem competitiva para os elementos pouco utilizados até ao momento. O grande desafio consiste em colocar os índices de motivação a um plano aceitável. Uma vez mais, a resposta não convenceu.
O plano B do F.C. Porto foi insuficiente para intimidar o Cinfães, terceiro classificado da Série C da III Divisão. As realidades são incomparáveis. O treinador portista reuniu um grupo de internacionais e subiu o rio Douro, encontrando uma terra onde o azul e branco predomina. Na 5ª eliminatória da Taça, com o coração dividido, os locais prometeram torcer pela equipa da casa, esquecendo a simpatia pelos tricampeões nacionais.
Com pasteleiros, estudantes, engenheiros e um treinador dedicado à sua loja durante a semana, o Clube Desportivo Cinfães foi controlando a ansiedade até ao momento do apito inicial. Seguiu-se o mais fácil: jogar futebol. Estes homens, trabalhadores anónimos durante os dias da semana, tinham a oportunidade única para assinalarem as carreiras desportivas com letras douradas.
Durante largas semanas, todos iriam falar da segurança defensiva de Kipulo e Jonas, nomes mais conceituados do plantel. Nos cafés, choveriam elogios à classe de Rui Gonçalves, à velocidade de Mauro pela direita, à irreverência de Miki pela esquerda. O F.C. Porto, atrapalhado, ia fazendo o jeito, tremendo a cada investida.
Ao longo da etapa inicial do encontro, cinco mil pessoas assistiram a um duelo equilibrado entre dois clubes com quatro escalões de diferença. Equilíbrio até soa a elogio, face ao desempenho cinzento dos dragões, mas o Cinfães não conseguiu marcar e foi perdendo a fé. Jesualdo Ferreira sentiu o perigo e respondeu pouco depois da meia-hora, trocando o aflito Tengarrinha por Candeias. Lentamente, o F.C. Porto despertou.
Curiosamente, o golo portista surgiu quando o Cinfães desenhava mais um ataque. Passe errado, bola em Mariano González e talento a resolver um problema bicudo. O argentino flectiu da esquerda para o centro, Miguel Matos defendeu para a frente e Ernesto Farías desfez o nulo, na recarga.
O F.C. Porto encarava a etapa complementar com maior tranquilidade, dedicando o seu tempo a gerir a magra vantagem. O adversário ia baixando os braços, claudicando em termos físicos, e os dragões voltaram a entrar numa espiral de sobranceria. Quando Sérgio deu uma tremenda cabeçada na apatia generalizada, após canto cobrado por Miki, voltou a pairar a incerteza. O sonho esfumou-se rapidamente. Guarín bisou em lances de bola parada e, pelo meio, Candeias também picou o ponto. Ponto final, aliás.


In MaisFutebol



Depois de ter eliminado o Sporting, detentor do ceptro, e o Sertanense, o FC Porto deixou uma má imagem na visita a Cinfães, com uma má primeira parte e um segundo tempo no qual apenas valeram os golos de Farias (52 minutos), Guarin (78 e 86) e Candeias (82). Sérgio Silva, aos 75 minutos, ainda devolveu a emoção ao jogo, mas o FC Porto, experiente e sobretudo melhor fisicamente no segundo tempo, acabou por garantir viagem até aos quartos-de-final da Taça, deixando cair o Cinfães, que já tinha eliminado Ribeira Brava, Paredes e Fátima e ocupa a terceira posição na série C da III Divisão. Com um "onze" muito distante do habitual, já que apenas Rolando surgiu a representar os titulares, o FC Porto apresentou-se com Nuno na baliza e uma defesa com Tengarrinha, Rolando, Stepanov e Lino. Pelé, Guarin e Tomás Costa encarregaram-se inicialmente do meio-campo dos tricampeões portugueses, enquanto Tarik Sektioui, Mariano Gonzalez e Ernesto Farias surgiram no "onze" com tarefas mais ofensivas. Incapazes de perceber a estratégia delineada pelo técnico Vítor Moreira, os "azuis-e-brancos" sentiram o primeiro calafrio aos nove minutos, quando Mauro cruzou da direita e depois de um mau alivio de Stepanov, Miki rematou forte e em excelente posição, valendo ao guarda-redes Nuno o corte atabalhoado de Tengarrinha. O primeiro sinal do campeão e quando Jesualdo já tinha chamado Hulk e Candeias para o aquecimento aconteceu apenas aos 25 minutos, com Guarin a cabecear de cima para baixo, mas longe da baliza, na sequência de um pontapé de canto apontado por Tomás Costa. Com a entrada de Candeias para o lugar de Tengarrinha, aos 35 minutos, o FC Porto tornou-se mais perigoso mas, ainda assim, não chegou à baliza de Miguel Matos com perigo uma única vez. Na segunda parte, o FC Porto entrou praticamente a vencer, já que Ernesto Farias, aos 52 minutos, aproveitou a defesa para a frente de Miguel Matos a um remate de Mariano e desfez o nulo inicial, injustamente para ao da casa. Apesar do golo, o FC Porto manteve uma apatia inexplicável, embora também o Cinfães tenha decaído, em relação à excelente primeira parte realizada. Ainda assim, Mauro quase ia empatando, aos 66 minutos, num remate forte e cruzado, a milímetros do poste direito da baliza de Nuno, obrigando Jesualdo Ferreira a recorrer a Hulk (por Tarik, aos 71). O mesmo jogador repetiria a investida, aos 75 minutos, ao enviar às malhas laterais. O Cinfães ameaçava, tal com a noite, cada vez mais perto e, aos 75 minutos, na sequência de um canto, Sérgio Silva entrou de rompante e fez a igualdade, num cabeceamento sem hipóteses para Nuno e perante a ineficácia de Lino. Guarin, aos 78 minutos, acabou com o sonho do Cinfães, ao desviar já dentro da área um livre de Lino e, aos 82, Candeias aumentou a vantagem, após uma assistência de Farias. Já perto do final,aos 86, Guarin fez o quarto, resultado que colocou o marcador em 4-1, marca demasiado pesada para o Cinfães.
Ficha técnica- Marcadores: 0-1, Ernesto Farias, 52 minutos. 1-1, Sérgio Silva, 75. 1-2, Guarin, 78. 1-3, Candeias, 82. 1-4, Guarin, 86.
Equipas:- Cinfães: Miguel Matos, Nakata, Jonas, Kipulo, Luís, André Pinto, Rogério, Rui Gonçalves, Mauro (Zé Pedro, 85), Miki e Sérgio Silva (Sidon, 89). (Suplentes: Padeiro, Domingos, Zé Pedro, Carlitos, Serra, Sidon e Nogueira). - FC Porto: Nuno, Tengarrinha (Candeias, 35), Rolando, Stepanov, Lino, Pelé, Guarin, Tomás Costa, Tarik Sektioui (Hulk, 71), Mariano Gonzalez e Ernesto Farias (Rabiola, 87). (Suplentes: Ventura, Benitez, Bolatti, Lucho Gonzalez, Candeias, Hulk e Rabiola). Árbitro: João Capela (Lisboa). Acção disciplinar: Cartão amarelo para . Assistência: Cerca de 7.500 espectadores.

In Sic Online

Cinfães 1-4 FC Porto: O especialista Farías e o goleador Guarín ajudaram a chegar aos quartos-de-final
13.12.2008 - 17h21 Manuel Assunção
A segunda linha do FC Porto qualificou o campeão para os quartos-de-final da Taça de Portugal com uma goleada (4-1), em Cinfães, sobre o clube local, o único da III Divisão que, até hoje, ainda sobrevivia na competição. O intervalo, desta vez, não serviu apenas para uma viagem rápida até à casa de banho ou ao bar, porque os “dragões” foram diferentes antes e depois da pausa — antes, mostrou-se o Cinfães; depois, apareceram o especialista Farías e o goleador Guarín.O Cinfães, que mostrou a razão de ter eliminado três formações de escalões superiores até defrontar o FC Porto, equilibrou as coisas na primeira parte. A maioria dos fotógrafos apostou na baliza de Miguel Matos, mas foi na de Nuno que houve mais acção nos primeiros minutos, graças aos seus extremos, Miki e Mauro, este autor do primeiro remate com algum perigo do jogo (9’). Nesta altura, os atletas da equipa cinfanense, com boa técnica, trocavam bem a bola.O FC Porto demorou 25 minutos a chegar com perigo à baliza do adversário – o cabeceamento de Rolando, um dos melhores e o único titular usado de início por Jesualdo Ferreira, saiu por cima.A combinação da rapidez e qualidade de alguns jogadores do Cinfães com o ânimo provocado por a equipa estar a disputar o jogo da sua vida criou dificuldades ao FC Porto, que, com vários passes errados, não conseguia ligação entre os seus elementos. A prova de que algo estava mal foi a substituição, ainda na primeira parte, do jovem Tengarrinha, titular pela primeira vez, por Candeias. Com o extremo os portistas melhoraram. Mas só depois do intervalo. Lucho não precisou de entrarA primeira acção relevante da segunda metade foi a ordem para aquecer dada por Jesualdo Ferreira a Lucho González e Hulk. Um sinal de que o FC Porto poderia vir a precisar deles. Mas pouco depois, Farías ajudaria a serenar a equipa portuense, concluindo com sucesso uma jogada argentina. O avançado, que tinha servido Mariano González no início do lance, marcou na recarga a um remate do compatriota (52’). Foi o golo da ordem de Farías, que é perito na Taça de Portugal: marcou seis vezes em seis jogos na prova. Esta época, tinha festejado dois com o Sertanense. Ainda assim, Hulk entrou no jogo.O FC Porto teve algum tempo para festejar, mas não muito, porque Sérgio Silva, de cabeça e após um canto, empatou (75’), levando à loucura a fatia de bancada que não era pelo FC Porto. Mas o Cinfães ainda teve menos tempo de glória. Na jogada seguinte, Lino marcou um livre e Guarín voltou a colocar os favoritos em vantagem, de vez. O Cinfães acabou aí. Quatro minutos depois, Farías isolou Candeias e este não falhou no duelo com o guarda-redes. E, até final, o FC Porto teve mais algumas oportunidades, marcando novamente através de Guarín — o colombiano cabeceou certeiro após um canto de Hulk. Foi o oitavo golo portista obtido na sequência de um lance de bola parada. E Lucho não precisou de entrar.

In O Público

O Cinfães recebeu o FC Porto, em jeito de festa. Apesar de 80% dos presentes serem portistas, maioritariamente dos cinfanenses, deixou-o de ser, para torcer pelo seu clube natal.
Todos já diziam que o FC Porto, era o vencedor de ínicio... quase não era necessário a equipa campeã não jogar para passar a eliminatória.
E o jogo iniciou-se bem para o Cinfães.O Cinfães atacava bem pelos lados, através de Mauro e Miki, e recuperava no meio campo, de forma primosora, por Rui Gonçalves. Rolando e Tengarrinha falhavam imenso os passes, com Tengarrinha a ser constantemente chamado a atenção, pelo seu treinador, Jesualdo Ferreira.
O Cinfães então, olhou nos olhos do adversário, e encarou o Porto como um Fornelos, ou um Resende, ou outra equipa mais simples. E enquanto, o Cinfães aguentou, conseguia criar excelentes oportunidades, não havendo, até ao minuto 33, um único ataque portista, que preocupasse a baliza de Miguel Matos. Só que o Cinfães, também sofreu um bocado de... facilidade demais, em relação ao jogo. Aquilo que, se julgava ser um jogo em que o FC Porto, seria um dragão que chamuscaria a equipa do Cinfães. Na primeira parte, o FC Porto foi uma sardanisca a que o Cinfães pisou o rabo. Ao intervalo, o FC Porto empatava com o Cinfães, e já tinha substituído Tengarrinha por Candeias. O 0-0 era injusto, com o Cinfães merecendo pelo menos 2-0.
Mas, na segunda parte, o FC Porto, acordou e logo, de seguida, marcou o golo, através de um bom lance de Mariano, que rematou à figura de Miguel Matos, defendendo à para a frente, e Farias, apareceu na frente do guarda redes chutando para o fundo das malhas.
Jesualdo resolve entrar Hulk, que substitui Tarik... com este não saindo muito satisfeito. Hulk dá mais posse de bola, mas também não fez muito. O Cinfães nota-se o cansaço, e o FC Porto relaxa o jogo, mastigando-o, valendo mais a festa fora das quatro linhas, que o jogo em campo.
De repente, Mauro recupera uma bola, e acaba por ter um lance idêntico ao de Tarik na primeira parte, rematando como se fosse papel quimico.
Num pontapé de canto, Miki bate, e Lino mal posicionado, deixa Sérgio Silva ( não é o do Nespereira FC!!!) cabecear para o momento de glória do Cinfães. Era o empate do Cinfães, e a explosão das gentes ribadoura, que enchiam as bancadas do Estádio Cerveira Pinto.
Mas, o FC Porto, quase nem deu tempo para os adeptos festejarem, de seguida, o FC Porto marca 3 golos de rajada, castigando em demasia o Cinfães. No final o resultado foi um 4-1 para a equipa visitante, que saiu de Cinfães envergonhados e com as orelhas bem quentes, de terem feito uma primeira parte, que permitiram ao Cinfães sonhar que a "gracinha" era possível, e rebaixaram o FC Porto à uma equipa mediana da 3ª Divisão.
In Ercílio Galhardo Neto

4 comentários:

Anónimo disse...

O Cinfães até pode ter sido superior em alguns momentos do jogo, com bons ataques por parte do Mauro e chegando mesmo ao golo com o Sergio Silva mas a verdade é que o Porto não se deixou ficar mostrando a verdadeira raça do Dragão e deitando fogo mostrou a sua qualidade de jogo e ganhando esta partida...
Dou os meus sinceros parabéns ao Cinfães mas sendo adepto do F.C.Porto claro que me encontro adradavelmente feliz por mais esta vitória.

Nuno Sousa

Anónimo disse...

o porto brincou com cinfaes a jogar com a equipa b e inda se deu ao luxo de deixar sofrer um golo e em 10 min. mostrou como nao se joga a brincar.
dragao ate morrer

Anónimo disse...

mas axam possivel o cifaes alguma vez ganhar ao porto ???? nunca na vida.Grande vitoria do fcp a jogar com uma equipa mt fraca e que nunca assustou o campeao nacional.eu fui ver o jogo e o estadio estava cheio e bonito.bom espetaculo de futebol com o porto a dominar totalmente.

Fcp!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

"No final o resultado foi um 4-1 para a equipa visitante, que saiu de Cinfães envergonhados e com as orelhas bem quentes" In Ercílio Galhardo Neto

Mas que isto como é possivel dizer uma barbaridade destas???o cinfaes foi humilhado!!!!!!

Euleutério Fininho