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sexta-feira, 18 de julho de 2008

AUTARQUIA VAI PAGAR VACINA A TODAS AS CRIANÇAS DO CONCELHO.

A Câmara de Cinfães vai pagar a vacina 'Prevenar' a todas as crianças residentes no concelho, por se ter apercebido de que actualmente apenas são administradas a metade, devido ao elevado custo das doses, insuportável para muitas famílias.
A Prevenar - que não faz parte do Plano Nacional de Vacinação - é uma vacina pneumocócica de sete valências, "indicada para a imunização activa de lactentes e crianças contra a doença invasiva (incluindo bacteriémia, sepsis, meningite e pneumonia bacteriémica) causada pelo streptococcus pneumoniae", segundo o Infarmed.
O presidente da Câmara de Cinfães, Pereira Pinto (PS), disse à Agência Lusa que, como cada uma das quatro doses necessárias da Prevenar (uma série primária de três doses e a quarta, de reforço, no segundo ano de vida) custa 71 euros, muitos pais não a podem comprar.
"Só metade da população nessas idades é que é vacinada no concelho de Cinfães, porque a vacina tem bastantes custos. Por isso, vamos fazer um protocolo com o centro de saúde, que apenas a terá de prescrever, e nós pagamos a totalidade", explicou.
A autarquia optou por não limitar esta medida apenas aos filhos de pais que comprovassem ter dificuldades financeiras, "a bem de todas as crianças".
Pereira Pinto estima que a autarquia gastará com esta medida, por ano, cerca de 50 mil euros, uma vez que nascem entre "180 a 200 crianças".
"Em 2007 nasceram 180, o número de crianças a nascer tem vindo a diminuir. Quem sabe se futuramente não andaremos mais perto das 200 crianças?", questionou, convencido de que esta medida poderá ser um incentivo ao nascimento de mais crianças no concelho duriense, situado a Norte do distrito de Viseu.
Na sua opinião, atendendo à importância que os pediatras atribuem a esta vacina, nomeadamente na prevenção da meningite, justifica-se este custo, "que não é incomportável para a autarquia".
"Se tivermos que cortar, cortamos noutra rubrica", garantiu.
O autarca socialista contou à Lusa que "já andava a amadurecer esta medida há muito tempo", falando do assunto com uma vereadora que é enfermeira.
Recentemente, dois casos de meningite ocorridos no concelho, ainda que não tenham sido de gravidade, reforçaram a sua ideia de que a autarquia devia garantir que a vacina fosse administrada a todas as crianças.
"Antes que um dia destes acontecesse algum caso grave e chegássemos à conclusão de que foi por os pais terem dificuldades financeiras que não vacinaram os filhos", sublinhou.

Fonte: Site Marão Online/ Agência Lusa

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